Tutorial Monociclo de Mario Stoppa

Pessoal!


Abaixo transcrevo na integra um tutorial que recebi do amigo Mário Stoppa, fico feliz com sua contribuição e também por ver seu monociclo pronto, o email de contato com o Mário e:  mario.stop@gmail.com




TUTORIAL:CONSTRUÇÃO DE MONOCICLO “ O MONOCLETO”

Primeiro quero informar que este monociclo foi construído com a ajuda de pessoas que entenderam que ser útil a uma intenção é uma forma muito espetacular de dizer que acredita nas pessoas.

Trabalho voluntariamente com um grupo, O Coral do Menino, pessoas que dedicam parte de seu tempo para dividir carinho esperança e muita atenção com amor a outras pessoas que estão precisando de conforto e que retribuem com muito carinho.

Nosso trabalho esta voltado a instituições de ajuda a crianças e as pessoas da melhor idade.

A cada ano, criamos um novo espetáculoZé das Novidades, O Quintal da Minha Vó, O Baile, são nossas produções e que apresentamos com frequência, porem resolvemos que para este ano deveríamos unir todos os grupos com que trabalhamos e criamos O CIRCO.

Musicas e uma retrospectivacurta dos movimento circenses nos últimos tempos através de encenações .

Todos os voluntários resolveram se dedicar a algo que pudesse mostrar este momento magico.

Palhaços, equilibristas, mágicos, perna-de-pau,já estão em pleno ensaio e coube ainda a apresentação de um monociclista, uma pequena aparição, curtíssima mas que representa muito da emoção, suspense e alegria do circo.

Mas vamos agora falar da construção deste monociclo.

A partir do tutorial de recebei do amigo Cleomar Santos comecei a correr atrás dos materiais em ferros velhos, acabando por descobrir algo surpreendente:

- Quando se quer algo, não se acha, pode isso? Vivia vendo coletores nas ruas com bikes velhas em cima dos carrinhos, inteiras ou em pedaços, mas quando se quer, nada. Tadeu (Alemão), amigo de todas as loucuras que tenho e eu das dele, saímos à caça do que fosse possível.

O garfo parecia fácil, mas nada disso não conseguimosem vários depósitos de ferro velho, pesquisados,um que fosse, nem reto nem torto, em bicicletarias a mesma historia, será que as bikes hoje em dia são tão resistentes?

Recurso usado, correr atrás de outro amigo o Fifa que tem uma oficina e pudemos então resolver o nosso problema, dobramos dois canos e fizemos a união com outro cano central dando assim a forma do garfo. Como base das medidas utilizamos uma bike aro 24, pois quem estará treinando andar serei eu e tenho 1,86m de altura e por não saber, acredito que fiz o melhor que poderia.

Garfo, solucionado, pesado mas firme e forte. Felizmente o Tadeu tem o conhecimento técnico de soldador pois, se fosse depender de mim, seria tudo ligado com epóxi.

Ai começamos o processo de como instalar as rodas, outro parto se iniciou, as bielas não eram vendidas sem ser o conjunto completo usado nos carros e não me interessava em comprar a peça inteira e sim só nos porta rolamentos e precisava ser 4, depois de muita pesquisa, ufa! Conseguimos um desmanche que tinhas as 4 bielas despareadas do resto do conjunto, uma festa total, mas quando colocamos os rolamentos percebemos que elas ficavam ovaladas e não encaixavam perfeitamente. Dar um passe no torno, limar os cantos, lixar, qual seria o melhor já que o material é muito duro, torno não tinha a trava necessária, limas nem arranhava, lixar quase deu mas o velho e bondoso esmeril fez a parte fundamental comendo os cantos e dando uma forma mais que quase perfeita ao conjunto, mais um passo vencido.

A solda para fixar as bielas no garfo foram fáceis, mas, ainda tínhamos que ver o cilindro  da roda e toda a parte de pedal.

Pelas tantas tentativas encontro em uma bicicletaria um novo amigo que foi comigo ao lixo e encontramos o eixo do pedal, sai feliz da vida, e minha felicidade aumentou quando o Tadeu me informou que tinha conseguido o cilindro da roda dianteira em um ferro velho, porem só o cilindro.

Agora, com duas peças em mãos,tínhamos que ver o que fazer para o encaixe ficar perfeito.

.

Cortamos o eixo ao meio, completamos com um caninho, precisou dar um passe no torno paraque pudesse entrar no cilindro, soldado a cada parte, como forma de enchimento e o conjunto foi fixado ao cilindro da roda novamente com solda..

Cada ladodo eixo, com o cilindro fixado,  foi introduzido aos rolamentos e uma bucha plástica completou a diferença, entre o eixo e o tamanho do centro do rolamento (a tal bucha não passou de um pedaço de mangueira fina), formando assim o sistema para receber o  pedal.

   

No meio das bagunças que venho juntando há muito tempo, encontro um banco estreito daqueles da Caloi 10 e Já o incorporo ao projeto, mesmo sabendo da minha desobediência em relação ao tutorial que recebi, mas, consultando a vários vídeos na internet, observei que em alguns deles este tipo de banco é usado, então recorri ao mais próximona esperança que tenha passado por esta etapa e que sai andando com o MONOCLETO sem qualquer problema.

Continuando a buscar uma roda em ferro velho, mas nada...,

Final de semana se aproximando, resolvo ir a praia mas, levo comigo o que tinha até então pronto para sentar e chorar, mas graças a outros amigos consegui um novo amigo de uma bicicletaria que montou os aros, a roda, câmera,  pneu e juntos nos latões de lixo encontramos dois pés de vela  perfeitos para a roda e ai dois pedais foram absolutamente necessários serem comprados novos pois não tinha nenhum jogado em canto algum.

Resultado nascia ali naquele momento o MONOCLETO, o monociclo que foi feito por muitas mãos e muitos velhos e novos amigos, mas todos, absolutamente todos, sabiam do motivo deste desfio de construção e se aliaram ao projeto.

Agradeço a cada um pela força, agora só me resta aprender a andar, mas isso será assunto de outra matéria, mas saberão com toda a certeza.

MONOCLETO, APRESENTAÇÃO A TODOS